domingo, 4 de julho de 2010

Nessa cidade não tem mar...Entrevista: Apanhador Só

Era um domingo típico de Curitiba. 
Aquele friozinho batia pelas ruas vazias. Mas, enquanto a maioria das pessoas estavam se acomodando com o Fantástico, um grupo de pessoas esperavam ansiosamente no James o show das bandas Apanhador Só e Banda Gentileza. 

Foi entre conversas e comoção que o Apanhador Só cessou todo o barulho e trouxe consigo aquela música suave e vibrante. A banda, originalmente de Porto Alegre, tocou a maioria das músicas do seu álbum recém-lançado (que está disponível no www.apanhadorso.com ). O som rock/ experimental agradou todos assistindo, pois quem sabia as músicas cantava junto e quem não sabia curtia do mesmo jeito. 

O show foi demais e por isso recomendo a todos dar uma olhadinha nas datas do Apanhador (siga os links no final do post). Gostei tanto, mas tanto que quis saber mais da banda e abaixo está o resultado. O próprio guitarista Felipe Zancanaro conta a historia da banda, influências e até o por quê da bicicleta! Confira!  




Me conte um pouco da história da banda(a formação atual, história do nome, quando se conheceram... )
Bem, a Apanhador Só começou nos tempos de colégio, mas costumamos dizer que a banda começou mesmo quando lançamos o primeiro EP (Embrulho Pra Levar) em 2006. Foi um pouco antes disso que passamos a tocar nossas próprias músicas e esse lançamento serviu como um marco dentro da história da banda, já que foi a partir dele que começamos a ter algum público e fazer mais shows pela cidade. Eu entrei na banda para o lançamento desse EP, inclusive. Na época, éramos um quinteto e a Carina Levitan fazia a percussão-sucata. Agora ela tá morando fora do país e nós nos mantivemos um quarteto. De qualquer maneira, a Carina gravou boa parte das percussões desse álbum que a gente acabou de lançar em abril.


Quais são suas maiores influências?
É sempre complicado pontuar. Escutamos coisas bem diferentes uns dos outros. Do samba à música eletrônica, do rock ao jazz. Como viemos de diferentes formações, cada um traz o que gosta ou o que está ouvindo e com isso a gente faz um saladão musical, sem pensar nem discutir muito que tipo de som devemos fazer ou pra que lados temos que ir.


Fui a um show de vocês e a primeira coisa que me chamou a atenção foi a bicicleta no palco: como surgiu a idéia de usar bicicleta como instrumento?
Antigamente a banda ensaiava em uma garagem cheia de cacarecos. Um dia rolou um improviso com todos aqueles objetos e o resultado ficou muito bacana. A bicicleta era dos irmãos do Alexandre, de quando eles ainda eram crianças. Primeiro ela foi pedestal de prato improvisado e depois, meio que sem querer, virou a base do que veio a ser o nosso instrumento de percussão mais significativo.


Vocês tem bastantes elementos indie mas não deixam de incluir texturas de música brasileira. É importante para vocês manterem as raízes brasileiras?
Não é algo que a gente se esforce pra ter. É bem natural. Quando o Alexandre traz as músicas no violão, elas já vem com uma batidinha meio bossa, meio samba, então a brasilidade já está presente. Mas tem algumas músicas que saem de improvisos feitos em ensaios que fogem um pouco dessa lógica. É o caso de "Jesus, o Padeiro e o Coveiro", por exemplo.


Quais são os planos futuros da banda?
Queremos fazer cada vez mais shows, cada vez mais longe, cada vez melhores.
Estamos trabalhando em um videoclipe e seguimos fazendo músicas novas.


E, é claro, queremos saber quando vocês voltam para Curitiba?
Espero que muito em breve! O último show que fizemos, em maio, com a Banda Gentileza, foi incrível. Fomos recebidos como se estivéssemos em casa. Foi lindo!








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